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Balanço Girapha 2024: Um ano de inseguranças, lições e crescimento
Chegar ao final de 2024 deixa-me com uma sensação agridoce. Este foi, sem dúvida, um ano em que a insegurança marcou presença constante. Por um lado, consegui dar alguns passos importantes no desenvolvimento da Girapha; por outro, passei grande parte do tempo a questionar as minhas decisões, os meus métodos e, em última análise, o futuro da marca. Este é o meu balanço de 2024. Não é perfeito, não é triunfante, mas é verdadeiro. E, acima de tudo, reflete o que foi construir a Girapha num ano cheio de incertezas.
Início de ano: Quando a corrida começa com um tropeço
Logo no início de 2024, percebi que a minha disponibilidade seria um problema. Entre Fevereiro e Maio, estive tão sobrecarregada com compromissos pessoais e profissionais que quase não tive tempo para me dedicar à Girapha. Esse arranque turbulento condicionou o resto do ano: os protótipos das novas peças atrasaram, a habitual sessão fotográfica que costuma ser no Verão, não aconteceu a tempo e senti que estava sempre a correr atrás do que já deveria estar feito.
Esta sensação de estar “sempre atrasada” foi uma constante ao longo do ano. E, com ela, veio a dúvida: será que estou a falhar? Será que estou a fazer tudo errado? Sentia-me desorientada, quase como se estivesse a andar em círculos.
Entre mercados e estratégias: Quando perdi o norte
Uma das maiores lições de 2024 foi perceber como é fácil desviar-me do objetivo principal. Sempre quis que a Girapha fosse uma marca exclusivamente online — um espaço onde as pessoas podem descobrir e adquirir peças únicas de joalharia em porcelana, a qualquer hora e de qualquer lugar. Mas este ano, voltei a participar em mercados.
A experiência voltou a ser muito boa. Ver as reações das pessoas ao vivo e ouvir diretamente os seus elogios é sempre maravilhoso. No entanto, foi um desvio que me custou caro. O investimento financeiro e o tempo dedicado aos mercados tiraram-me o foco do digital, que é onde quero realmente crescer. E, mais uma vez, surgiu a insegurança: será que devia ter ficado fiel ao meu plano inicial?
Agora, sei que esses desvios fazem parte do caminho, mas também aprendi que, para alcançar os meus objetivos, tenho de ser disciplinada. Se quero que a Girapha seja uma loja online sólida e consistente, preciso investir onde faz sentido a longo prazo — e isso significa apostar no digital.
A criação das peças: Entre o prazer e a dúvida
Uma das partes mais desafiantes de 2024 foi criar novos produtos. Enquanto desenvolvia os brincos Sensibilidade e o colar Empatia, cheguei a um ponto em que senti que as peças não iam funcionar como idealizei. Pensei em delegar parte da produção, algo que nunca tinha considerado antes. Na altura, parecia uma solução prática para os problemas técnicos que estava a enfrentar. Mas depois parei para pensar: a criação das peças é o coração da Girapha. É o que me dá mais prazer, o que torna esta marca tão pessoal e única. Como é que me passou pela cabeça abdicar disso? Foi um momento de dúvida, mas também de reconexão com aquilo que realmente importa para mim.
A insegurança que me acompanhou o ano inteiro
Se tivesse de escolher uma palavra para definir 2024, seria insegurança. Este foi o ano em que mais me perguntei se estava a fazer as coisas bem. Será que a Girapha vai algum dia crescer como espero? Será que estou a desperdiçar recursos? Será que devia fazer as coisas de forma diferente?
Curiosamente, foi também o ano em que mais percebi o valor de persistir. Apesar das dúvidas, continuei. Continuei a criar, a testar, a aprender. E, mesmo que os resultados não sejam os que esperava, há algo de muito valioso nisso: o facto de acreditar no que faço e de saber que cada passo conta, mesmo que pequeno.
O que me ajuda a continuar: O apoio de quem acredita na Girapha
Mesmo num ano cheio de incertezas, há algo que nunca me deixou desistir: o apoio de quem valoriza o que faço. Receber mensagens de clientes que elogiam as peças e partilham como estas fazem parte das suas vidas é indescritível. Cada mensagem é um lembrete de que, apesar das dificuldades, a Girapha tem um impacto positivo.
Esses momentos dão-me força para continuar, para acreditar que o trabalho que faço tem valor e que há espaço para a Girapha crescer, mesmo que seja a um ritmo mais lento do que gostaria.
Balanço Girapha: Uma reflexão, não uma conclusão
2024 não foi o ano em que tudo correu como esperava. Mas foi o ano em que percebi que as marcas — especialmente as pequenas e feitas com tanto cuidado como a Girapha — demoram a crescer. Não há atalhos. Há apenas trabalho, consistência e a capacidade de aprender com cada obstáculo.
Não consigo prever o futuro da Girapha com certeza, mas sei que, enquanto continuar a acreditar no que faço, vale a pena seguir em frente.
Obrigada a todos os que fizeram parte deste percurso em 2024. A vossa confiança e apoio são o que mantém a Girapha viva. Que o próximo ano seja mais um capítulo desta história — com novos desafios, novas aprendizagens e, espero, novas conquistas.
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